quarta-feira, 21 de maio de 2014

Nota da Deputada Stela Farias sobre a Greve dos Municipários de Alvorada/RS





 
Uma greve no labirinto

Em relação a greve dos municipários que ocorre na cidade de Alvorada desde o dia 05 de maio venho apresentar minhas considerações sobre este movimento.

1) Oriunda, que sou, do Cpers/Sindicato participei de inúmeras greves durante minha vida. E sempre tive por princípio que declarar greve é a derradeira forma dos trabalhadores reivindicarem a manutenção e/ou a conquista de direitos. E para chegar a esta decisão é necessário esgotar todas as formas de negociação.

2) Outra questão que envolve qualquer movimento grevista é a questão da pauta de reivindicações, onde devem constar propostas claras e objetivas sobre o que e como se quer melhorias. Pautas imprecisas, tipo melhorar a educação e saúde, sem indicar quais as medidas que se defende para chegar a este objetivo não passam de meras declarações de intenção. Ou seja perdem-se no vazio e não contribuem para se chegar numa solução para os problemas e faz com que a categoria ande em círculo sem chegar a lugar algum.

3) Dito isto, tenho claro que a atual greve em Alvorada foi deflagrada de forma precipitada, pois estava em andamento um processo de negociação, onde a prefeitura apresentaria uma proposta, para ser apreciada pela categoria, até o dia 15 de maio. Esta decisão não contribui para avançar as negociações, outrossim, acaba criando um ambiente de confrontação desnecessária.

4) Esta confrontação tem sido inflada artificialmente por setores que não defendem os interesses dos municipários e estão descaradamente utilizando a mobilização da categoria para fazer politicagem mais abjeta. Esta politicagem não faz bem ao movimento e evidencia que são necessários novos rumos da mobilização para alcançar o que desejam os e as municipários(as)

5) Defendo e sempre defenderei que o diálogo fraterno e leal entre as partes é a melhor forma de chegarmos a soluções que permitam avanços nas relações entre os trabalhadores e a administração pública. Por isto entendo que tanto o SIMA como o Governo municipal devem buscar caminhos concretos para a resolução do impasse atual. Não podemos ficar presos num labirinto onde há entrada, mas é difícil se encontrar a saída.